San Pedro do Atacama barato: o que fazer de bicicleta!

Se você via pra San Pedro do Atacama, prepare o bolso! A cidade é totalmente voltada ao turismo e encontrar opções econômicas de hostels, restaurantes e passeios não é fácil.

Como a maioria das atrações está localizada longe da cidade e não há ônibus coletivos para as atrações, as empresas de turismo aproveitam para cobrar caro nos tours. Somando o ingresso para entrar nos locais, não é difícil gastar R$ 200 por dia só em um passeio. Claro que sempre existem opções. Uma das sacadas em San Pedro é alugar uma bicicleta para visitar algumas lagoas e sítios arqueológicos.

Confere aí as nossas dicas de passeios, hosteis e restaurantes para não sair totalmente endividado do deserto do Atacama.



Alugue uma bicicleta

O que não falta, em San Pedro, é tenda para alugar uma bicicleta. Em média, são cobrados 3.000 CHL (R$ 15) por quatro horas e 7.000 CHL (R$ 35) o dia. Sempre preste atenção na bicicleta que pretende pegar, se ela está realmente em condições de ser usada. Itens como uma suspensão são indispensáveis se você quer ir até o Vale de la Luna ou a laguna Cejar.

Algumas agências permitem que você alugue a bicicleta pela noite caso queira sair muito cedo pela manhã e, assim, evitar o sol da tarde. Também não esqueça de pedir uma tranca. San Pedro é uma cidade pequena e tranquila, dessas que você pode caminhar a hora e onde quiser que não passa nada. Porém, a incidência de roubos de bicicleta é grande.

Não só no Atacama, mas em outros lugares da América do Sul, a bicicleta também é uma boa alternativa de passeio econômico e que lhe dá mais liberdade para explorar cada um dos destinos.

O que fazer

Garganta del diablo

Está há trinta minutos de bicicleta da cidade de San Pedro. É um pequeno vale de montanhas cujas paredes formam corredores estreitos e pequenas cavernas. Perde-se trinta, quarenta minutos para percorrer o local.

Para chegar, é preciso tomar a estrada que passa a direita do povoado, saindo no lado da cidade contrário ao cemitério. Dependendo do ano, será necessário atravessar o canal do Atacama duas vezes. Há sinalização pelo caminho.

Antiga ponte e mirador

Pela mesma estrada que se vai para a garganta do diabo, porém uns 10 minutos antes de chegar lá, há uma placa indicando o caminho para um mirador e uma ponte. Para chegar, basta atravessar a ponte, o túnel e subir a esquerda. De cima, tem-se uma bela vista do vale, mas já aviso que será impossível subir em um dia de muito vento. Caso você atravesse a ponte e o túnel e seguir pela estrada, vai chegar no Vale de la Luna.

Vale de la Luna

O belo parque está a pouco mais de 10km da cidade. Eu recomendaria reservar o dia para poder percorrer bem o vale, pois é cheio de subidas e descidas. A entrada custa 5000 CHL (R$ 25). Muita gente faz o passeio à noite para ver as estrelas. De cara, já não paga entrada ao Vale.

E se você não está disposto a fazer tanto esforço para conhecer a atração,  imperdível para quem vai até o Atacama, vale ler esse artigo do blog Go Travel 2 Live sobre o tour de van até o Valle de la Luna e Valle de la Muerte!

Lagunas Cejar, Ojos del Salar e Tambinquiche

É aqui que se separa as crianças dos homens. Se você quiser fazer o circuito inteiro, serão 100km no pedal (a Tambiquiche está localizada a 50km do pueblo). O caminho é plano e, até a Laguna Cejar, a estrada é perfeita, sendo possível fazer os 30km desde San Pedro em uma hora e meia. Depois, é possível que o caminho esteja transformado em um lodal.

Como estive no Atacama em janeiro, bem na temporada de chuvas, tive que empurrar a bicicleta em vários trechos para chegar até a Laguna Tabinquiche. O estado da estrada era tal que, quando cheguei, não me cobraram o ingresso (3.000 CHP ou R$ 15) pois era a primeira pessoa a chegar lá em três dias.

Mas dizer que vale a pena. Deixa a Laguna Cejar (cuja entrada custa 10.000 CHL, ou R$ 50) no chinelo. Já as Lagunas Ojos del Salar são grandes buracos na areia onde os turistas costumam nadar. Ah, não esqueça de levar, pelo menos, quatro litros de água.

Pukará de Quitor

O sítio fica na mesma direção que a Garganta del Diablo, porém seguindo a estrada que fica do lado esquerdo da cidade. Essa, inclusive, pode-se fazer a pé: são trinta minutos de caminhada desde o pueblo.

A entrada de Pukara da direito a visitar dois sítios arqueológicos (o outo se encontra a dez minutos dali) e um mirador e custa 5.000 CHL (R$ 35). É possível fazer o passeio e logo depois seguir para o roteiro da Garganta del Diablo.

E depois de tanto pedalar, se você for voltar para Santiago, vale dar uma paradinha na Vinícula Concha Y Toro, como conta o blog Mais um Pra Conta.

Onde dormir

O mínimo que se paga, oficialmente, por uma cama, são 12.000 CHL (R$ 60), com possibilidade de baixar para 10.000 CHL com alguma negociação. Esses hosteis são os mais baratos que encontrei e estão localizados na rua do cemitério, perto da Aduana. Uma cama nas ruas próximas a praça chega a custar quatro vezes mais.

Se você tem uma graninha a mais pra gastar, indico o pessoal da Sorbac, que tem um hostel perto de Pukara de Quitór (uns 20 minutos caminhando da cidade ou 5 de bicicleta). Os caras conhecem muito bem a região, são super buena onda e possuem uma agência que oferece tours distintos do padrão das demais agências.

Onde comer

Novamente, os lugares mais baratos para comer (3.000 CHL ou R$ 15) estão perto do cemitério. Há uma feira perto onde vende-se frutas, verduras e diversos outros produtos a preços melhores que no mercado e tendinhas-restaurantes.

Melhor época

Janeiro e fevereiro não são meses muito indicados de ir ao Atacama por ser a temporada de chuvas na região. Eu estive lá essa época e era temporal todos os dias, a partir das três da tarde. Pelas baixas temperaturas (principalmente nas partes mais altas), o inverno também não é indicado.

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