Porto Alegre: a Ilha do Presídio ou Ilha Pedras Brancas

Desde 2020, Porto Alegre passou a ter passeios regulares para Ilha das Pedras Brancas – popularmente conhecida como Ilha do Presídio. Neste artigo, vamos contar o que você vai encontrar nesta singular ponto do Lago Guaíba e como fazer para chegar lá!

O passeio até a Ilha das Pedras Brancas

Há alguns anos que são promovidos passeios independentes para a Ilha das Pedras Brancas, saindo principalmente da Orla da cidade de Guaíba. Desde 2020, o local passou a ter tours regulares, promovidos mensalmente pelos Amigos do Meio Ambiente (AMA) e pelo BarCOTur. Esses passeios saem do Gasômetro e da cidade de Guaíba.

Na ilha, os grandes atrativos são as belas vistas de Porto Alegre, a flora e a fauna que começaram a ressurgir no local após décadas de abandono e o pouco que restou do presídio. Quando deixou de funcionar, na década de 80, o próprio Estado depredou o prédio, arrancando, telhado, janelas e outras partes da estrutura, certamente para vender como sucata.

Cabe lembrar que a ilha não é muito grande, com tamanho aproximado de um campo de futebol. Ainda há dois pontos de observação em cima de grandes pedras. Mas para alcançá-los, é preciso escalar por cordas.

Nos tours regulares, a navegação dura cerca de 20 minutos e a permanência na ilha cerca de 2 horas.

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Onde fica a Ilha das Pedras Brancas

Pouca gente sabe disso, mas a ilha pertence ao município de Guaíba, localizado a 2,3 km do local. Porto Alegre se encontra a 2,5 km. Não há atracadouros.

A história da Ilha do Presídio

A Ilha ganhou relevância na Revolução Farroupilha. Durante a invasão de Porto Alegre pelos farrapos, as tropas se reuniram em Guaíba e utilizaram a ilha como um ponto de agrupamento. Nesta época, também serviu de posto de observação.

A partir de 1857, a Ilha foi utilizada como Ilha da Pólvora. Foram instalados dois prédios – transformados um século mais tarde no presídio. Como depósito, a ilha não foi muito usada, culpa da umidade.

Décadas mais tarde, começou a ser utilizada pelo Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor, órgão hoje pertencente à FEPAGRO Saúde Animal. No laboratório instalado na Ilha, se pesquisavam diversas doenças, como a peste suína.

Entre 1956 a 1983, virou um presídio. Primeiro, recebia presos comuns. Durante a ditadura militar, a partir de 1964, começou a receber presos políticos. No final de 2014, a Ilha passou a fazer parte do Patrimônio Histórico, Cultural e Arqueológico do Rio Grande do Sul.

As histórias que envolvem a ilha

O que não faltam são histórias sobre o local. Desde fatos engraçados até relatos de torturas, abusos e assassinatos nos tempos de prisão.

Um dos contos mais engraçados envolve a fuga de um preso, que teria navegado até a praia de Ipanema, em Porto Alegre, em uma panela da cozinha do presídio. Dizem que ele até teria utilizado uma colher de pau para remar!

Henrique Lammel

Jornalista e produtor de conteúdo

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