Trekking até a face de Itati do cânion Pedras Brancas

A proposta deste trekking é visitar a face leste do cânion Pedras Brancas, onde fica um belo mirador para o vale de Itati. Sem dúvida, é uma das vistas mais belas da região.

O ponto de partida é a vila Tajuvas, um pequeno distrito de Três Cachoeiras, no litoral norte do Rio Grande do Sul. O relato é como “bate volta”, subindo e descendo pelo cânion Tajuvas. Porém, é possível fazer algumas travessias passando pelo local (veja ao fim da matéria).

Desde a vila Tajuvas, são 10km de caminhada até o mirador. Se a opção for parar em Morro Azul, com o ônibus que vem de Porto Alegre, deve-se adicionar 5km de estrada de terra.

Importante: essa trilha não é para iniciantes

Mapa

O percurso até o cânion Pedras Brancas

De Morro Azul até a vila Tajuvas, são 5km por uma estrada de terra, trecho que pode ser feito de carro. Se a opção for caminhar, há algumas subidas e descidas mais acentuadas, que vão ajudar a aquecer o corpo para o início da subida pelo cânion Tajuvas.

Deve-se tomar a estrada que inicia ao lado da igreja. São quase vinte minutos até o ponto onde a rua se transforma em uma trilha. Se estiver chovendo ou choveu recentemente, tome um pouco de cuidado, pois a maior parte do caminho é de pedras e pode estar escorregadio.

Uma porteira irá lhe avisar que você passou da metade do caminho. Não siga por ela: continue pelo caminho da esquerda. Logo que sair do cânion e chegar no campo aberto, preste atenção. A trilha perde um pouco do seu traçado. Levante a cabeça, pois há algumas marcações com bandeiras brancas e amarelas nesse ponto.

Após passar o galpão do Tajuvas, há uma pequena trilha ascendente que lhe levará para outro campo aberto. A trilha segue cerca de 100 metros pela esquerda até uma cerca. Até aqui, estamos seguindo o mesmo percurso relatado na postagem sobre o cânion Josafaz. Porém, em vez de tomarmos à direita, seguindo a cerca, vamos entrar pela porteira e seguir reto (neste ponto, há uma terceira cerca que se estende em direção ao mirador. Utilize-a como referência).

São menos de 2km até o cânion. E aí, não há o que fazer. Para onde se olha, é uma paisagem mais bonita que a outra. Acampamos perto de um rio que corre por um lajeado, protegidos pela encosta de um pequeno morro. No outro dia, basta voltar.

Como chegar

De carro – deixe o automóvel no estacionamento que fica atrás da Igreja Tajuvas. É seguro.

De ônibus – é possível ir até Três Cachoeiras desde Porto Alegre e pegar um taxi na rodoviária (R$ 60) ou então outro ônibus para o Morro Azul. São de três a seis por dia que fazem o percurso (cerca de R$ 5). Há ainda a linha “Mampituba/Morro Azul”. Sai uma vez por semana, sábado, às 7h, da rodoviária de Porto Alegre, e para no centro da vila. Na volta, pelo menos um ônibus por dia sai de Roça da Estância em direção a Torres e Mampituba por dia.

Opções como travessia:

– contornar o cânion Pedras Brancas e descer na Rota do Sol, próximo a Vila Bananeiras;
– descer em Morrinhos do Sul ou na Rota do Sol, fazendo o caminho contrário da trilha pelas cummeiras;
– descer em Roça da Estância, próximo a Mampituba e Praia Grande.

Trekking Cânion Pedras Brancas

Dificuldade: Fácil
Duração: Dois dias
Distância: 30km com início em Morro Azul ou 20km com início na vila Tajuvas (ambos ida e volta)
Custo: R$ 90 (Passagem Porto Alegre – Morro Azul na ida, taxi vila Tajuvas/Três Cachoeiras dividido por duas pessoas e ônibus Três Cachoeiras – Porto Alegre).
Trilha: Incerta em pequenos trechos

Você também pode se interessar por:

– O trekking pela Ferrovia do Trigo, entre Guaporé e Muçum;
– A caminhada na beira da Lagoa dos Patos, em Tapes;
– O Parque das Oito Cachoeiras, em São Francisco de Paula.

Henrique Lammel

Jornalista e produtor de conteúdo

8 thoughts on “Trekking até a face de Itati do cânion Pedras Brancas

  • março 6, 2022 em 10:00 pm
    Permalink

    Em 2022 não localizamos bandeiras indicando o caminho, sugiro acompanhar pelo GPS do celular e imprimir o mapa acima. Pegamos um pouco de chuva e ficou perceptível ser perigoso fazer a trilha sem conhecer o caminho e principalmente não realiza-la sob neblina ou abaixo de chuva mesmo que moderada. O lugar é lindo, logo após a entrada de Morro Azul até o fim da trilha.
    Vale a pena ir, mas atenção e precaução sempre são necessários para evitar perengue em trilhas.

    Resposta
  • março 1, 2021 em 12:39 pm
    Permalink

    Fomos no nesse final de semana e a chuva nos acompanhou em diversos momentos.
    Todo o percurso com pedras ficou bastante escorregadio e a subida é longa. Mas nessa parte não tem como se perder.
    Quando chegamos no campo aberto não conseguimos mais encontrar a trilha por conta da neblina fechada e da chuva, então resolvemos acampar ali mesmo.
    Todo o trajeto é lindo, cada momento vale a pena.

    Resposta
  • março 1, 2021 em 10:41 am
    Permalink

    Fizemos o trekking neste final de semana, porém, visto o tempo instável e a neblina muito forte e intensa desde as 12hs, tivemos de parar logo no início da planície, antes mesmo do galpão descrito. Fizemos a trilha de subida, desde a igreja, em aproximadamente 3:30min/4hs, com pequenas paradas.
    Conseguimos montar acampamento lá em cima, as maiores dificuldade foram a umidade, chuva e a neblina (visto o clima instável).
    Acredito que o nível deste trekking seja mais avançado que o descrito, somos iniciantes e passamos muita dificuldade (novamente, visto o clima muito instável, com muita chuva e neblina, acredito até que inapropriado pra esse esse trekking), porém, a vista em todos os pontos é maravilhosa e gratificante, fazendo valer cada obstáculo.

    Resposta
    • março 2, 2021 em 9:38 am
      Permalink

      Oi Bruno! Você tem razão, precisamos colocar avisos mais rigorosos neste artigo. Como ele foi um dos últimos que escrevemos e meio que “complementa” informações de outras travessias que passam por esta mesma região – e este é o mais ‘tranquilo’ – nos passamos nessa. Mas vamos fazer uma revisão não só deste, mas de outros posts que passam por trilhas selvagens destes cânions…

      Resposta
      • março 5, 2021 em 2:52 pm
        Permalink

        Isso aí, e cara, o lugar é incrível, foi uma pena o tempo estar tão fechado, ainda quero voltar lá com o tempo 100%.
        Abraço

        Resposta
  • maio 6, 2020 em 10:50 pm
    Permalink

    Amigo, como é para acampar lá em cima? Tranquilo?
    Já fiz esse trekking só que fui ao Josafaz. Agora, quero ir a esquerda, como fizeste.

    Resposta
  • março 17, 2019 em 7:49 am
    Permalink

    Obrigado !

    Vou fazer esta trilha!

    Resposta

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *