Porto Alegre: o guia completo do que fazer na capital do RS

Cidade mais populosa, desenvolvida economicamente e capital do Rio Grande do Sul, Porto Alegre tem um charme todo especial. Com um Centro Histórico preservado, a cidade é conhecida pelos grandes parques arborizados em meio a área urbana e o Lago Guaíba, que cerca o município desde o Centro até a Zona Sul.

Neste artigo, vamos falar sobre aquilo que você precisa ver e fazer se vai passar por Porto Alegre – a maioria delas, de graça!. E se da capital vai para Gramado, Canela, Pelotas ou outra região do Rio Grande do Sul, já deixamos o recado: vale tirar um ou dois dias para conhecer POA, com toda certeza!

Confira nosso artigo tudo o que você precisa saber para curtir Porto Alegre, uma cidade onde moramos por muitos anos 😉

Como chegar em Porto Alegre

Parque da Redenção

Porto Alegre está no Rio Grande do Sul, o estado mais ao sul do Brasil. Se, graças a essa localização, a capital gaúcha apresenta um clima diferente do resto do país, com vários dias frios no inverno (é comum os termômetros ficarem abaixo dos 10º na estação), ela também é um dos centros urbanos mais afastados do centro do país.

Com isso, uma das melhores formas de chegar em Porto Alegre é de avião, pelo Aeroporto Internacional Salgado Filho, sendo possível encontrar passagens a R$ 300 desde São Paulo, Curitiba e Belo Horizonte, em voos regulares e diários.

O aeroporto fica um pouco longe do centro da cidade, porém há uma conexão até a linha do Trensurb por aeromóvel. O trem liga cidades da região metropolitana e o aeroporto à região central da cidade, com estações na Rodoviária, Mercado Público e cidades como Canoas e Novo Hamburgo.

Também há a opção de fazer a viagem até Porto Alegre de ônibus, com linhas regulares desde as principais capitais brasileiras. A rodoviária de Porto Alegre está localizada no Centro da cidade.

Se você vai viajar para Porto Alegre, pode se interessar também por:

.: As melhores trilhas para fazer no Rio Grande do Sul;

Onde se hospedar em Porto Alegre

Rua da República, na Cidade Baixa

Porto Alegre é uma cidade com muitas opções de hospedagem. Quem procura mais agitação, recomendamos ficar na Cidade Baixa, um bairro cheio de bares e baladas. Se a ideia é juntar agitação com economia, há algumas boas opções de hosteis no bairro, como o Poa Eco Hostel (confira tarifas e promoções) e o Villa Sophia Hostel (confira tarifas e promoções). Se você não abre mão do conforto, uma boa é o Master Express Cidade Baixa (confira tarifas e promoções).

Quem está atrás de uma localização privilegiada, o mais indicado é ficar na parte alta do Centro Histórico. Há estabelecimentos bons e econômicos, como o Hostel Nova Orla (confira tarifas e promoções). Se a ideia é estar bem localizado e com mais conforto, há boas opções como o Letto (confira tarifas e promoções) e o Express Savoy (confira tarifas e promoções).

Melhor época para visitar a capital do RS

Por ser um dos únicos estados em uma zona sub-tropical, o Rio Grande do Sul tem estações bem marcadas durante todo o ano. No inverno, o clima é seco e frio, com médias em torno de 10º e 15º, podendo chegar próximo dos 0º na madrugada. Já no verão, o clima é úmido e quente, com os termômetros ultrapassando os 40º durante a tarde.

Jardim do DMAE

Quanto a chuva, é preciso ter em mente que chove mais de 100 dias por ano. Os meses com maior média histórica de precipitações são agosto e setembro. Já abril e maio costumam ser os meses com mais sol.

O que fazer em Porto Alegre

Com uma população que chega próxima de 1 milhão e 500 mil habitantes, Porto Alegre é uma cidade com várias opções do que fazer, que vão desde bares, prédios históricos, parques e passeios pelo e no entorno do Lago Guaíba.

1. Orla do Guaíba

Em processo de revitalização, a orla do Guaíba ganhou o nome de parque Moacyr Scliar e algumas partes já foram entregues à população. Se a Usina do Gasômetro, um dos principais símbolos de Porto Alegre, segue em obras, o pier de navegação, bares, ciclovias e plataformas já estão em uso.

Uma boa ideia é alugar uma bicicleta pelo Itaú BikePoa e fazer o percurso entre a Usina do Gasômetro até o Cais do Barra Shopping no pedal! Você vai passar por diversas atrações no caminho, como o Parque Marinha do Brasil e o Estádio do Internacional, o Beira-Rio e o museu Iberê Camargo. No Iberê, vale dar uma parada para conhecer o museu, que tem entrada franca, e aproveitar a vista da prainha.

Inclusive, temos um artigo que vale a pena você ler com um roteiro para pedalar na Orla do Guaíba!

Uma curiosidade: toda essa área não existia antes dos anos 60, quando a cidade começou a realizar o aterro desta parte do lago. O processo de aterramento já havia iniciado décadas antes, no Centro da cidade.

2. Navegar pelo lago Guaíba

São três serviços de navegação regulares saindo da orla do Guaíba – os passeios pelas ilhas, a travessia de catamarã até a cidade de Guaíba e os do barco Cisne Branco. Do Gasômetro, saem os barcos que fazem o delta do Rio Jacuí, navegando no entorno das ilhas que formam o Parque Estadual do Delta do Jacuí. Nos domingos e feriados, sai um passeio regular que desembarca na Ilha da Pintada, com a tradicional Tainha na Taquara no cardápio. Servido na Colônia de Pescadores, o prato foi herdado dos primeiros açorianos que colonizaram a região.

O Parque Estadual do Delta do Jacuí é composto por dezesseis ilhas, diversos banhados e é por onde rios como o Gravataí, Jacuí, Sinos e Caí, desembocam no Lago Guaíba.

Outro cais está no Mercado Público, atrás da entrada para o TrenSUrb. Dalo, saem os catamarãs que vão até a cidade de Guaíba, localizada nas margens do lago. Também é deste cais que sai o Cisne Branco, que faz alguns passeios especiais, como nos sábados, quando promove um happy hour ao fim da tarde em direção a Zona Sul, com direito a um incrível por-do-sol.

Ainda existem serviços de navegação particulares, que levam turistas para navegar até próximo do Parque de Itapuã ou a Ilha das Pedras Brancas.

3. Morro da Tapera

O Morro da Tapera é um dos mais acessíveis e seguros de Porto Alegre, localizado a 12 quilômetros do Centro e sendo utilizado por muitos corredores de montanha, montainbikers e praticantes de voo-livre. É o quarto maior morro da cidade, com 252 metros, de onde se tem uma vista privilegiada do Lago Guaíba.

Vale ressaltar que existem diversas trilhas pelo Morro da Tapera e volta e meia algum grupo se perde por lá. Se você não tiver muita experiência em trilhas, pode ser interessante contratar um guia. Uma boa é entrar em contato com a Cervejaria Steilen Berg, que fica perto do início da trilha e serve de base para quem utiliza o morro.

Importante lembrar que não há acesso ao topo por estradas e a área fica dentro de uma unidade de preservação.

4. Casa de Cultura Mário Quintana

O hotel Majestic, que depois virou Casa de Cultura Maria Quintana, começou a ser construído em 1916, em consequencia do progresso e crescimento de Porto Alegre. Foi o primeiro prédio a utilizar concreto armado e a ter passarelas atravessando uma rua e é apenas uma das dezenas de suntuosos edifícios erguidos na cidade no começo do século XX, que estão espalhados pelo Centro Histórico.

Até os anos 40, diversos artistas e políticos famosos se hospedaram no hotel, como o ex-presidente Getúlio Vargas e o cantor Francisco Alves, um dos mais badalados do pais na época. Muitas companhias de teatro e músicas, que se deslocavam entre o centro do Brasil e Montevídeo e Buenos Aires, acabavam se hospedando no hotel. Porto Alegre sempre foi um ponto de parada estratégico para quem percorria essa longa distância.

O prédio foi comprado pelo governo do Estado nos anos 80 e aberto ao público em 1990. A casa dispõe, hoje, de um cinema, espaços de exposições temporários e permanentes, como o Jardim Lutzemberguer, no 5º andar, que tenta trazer, para uma área urbana, um pouquinho do pampa, dos banhados e de outros ambientes naturais.

Ganhou o nome de Mario Quintana porque foi no Hotel Majestic que o poeta Mario Quintana viveu por muitos anos, entre 1968 e 1980, até o estabelecimento falir e fechar as portas. Inclusive, há uma reprodução do quarto do escritor.

Horário de funcionamento: de terça a sextas, das 9h às 21h, e sábados e domingos, das 12h às 21h, com entrada franca

5. Viaduto Otávio Rocha

Outro marco arquitetônico e histórico da cidade, o viaduto Otávio Rocha foi inaugurado em 1932, para melhorar o trânsito entre o Centro e a zona leste da cidade, divididos por um morro. Em 2001, o viaduto foi restaurado.

Na parte de baixo, há uma série de lojas que vendem discos, livros antigos e fazem fotocópias. Já nos pisos superiores há bares como o Tutti-Giorni, que reúne cartunista e artistas gaúchos há mais de 30 anos e o Armazém Porto Alegre, um dos melhores lugares da cidade para fazer um happy hour.

Os bares da escadaria abrem sempre a noite, de segunda a sábado.

6. Mercado Público

By Tetraktys (Ricardo André Frantz) – Own work, CC BY-SA 3.0, Link

Centro comercial de Porto Alegre por várias décadas, o Mercado Público de Porto Alegre foi inaugurado em 1869 e quase demolido no final dos anos 70, após sofrer com incêndios, enchentes e o crescimento da cidade. Por causa do clamor popular, acabou sendo tombado e restaurado.

Possui mais de 100 lojas, onde se encontram produtos como peixes, carnes, especiarias e erva mate. Algumas bancas são centenárias, como a do Holandês, fundada em 1919 pelo holandês Dirk Van Den Brul para oferecer fiambres, queijos e especiarias, e a 40, que desde 1927 comercializa, no mesmo lugar, seu sorvete artesanal

Horário de funcionamento: de segunda a sábado, das 7h30 às 19h30. Os bares e restaurantes ficam abertos até as 22h30.

7. Parque da Redenção

É um dos maiores e mais populares parques de Porto Alegre, com uma área equivalente a 35 campos de futebol. Tem inúmeros jardins, 45 monumentos e um espelho d’água. Aos finais de semana, o parque fica cheio de porto-alegrenses que vão fazer piqueniques, praticar esportes ou apreciar um chimarrão.

É também nos finais de semana que acontece feiras e, especificamente no domingo, o Brique da Redenção, uma das maiores feiras nacionais reunindo artesãos locais. Não recomendamos visitar o parque à noite por motivos de segurança

8. Os museus da Praça da Alfândega

Por estar a beira de um lago navegável, ligado a uma grande bacia hidrográfica com acesso ao mar, a principal entrada de Porto Alegre, por séculos, foi o porto. Quando os principais prédios da Praça da Alfândega foram construídos – hoje Museu de Arte do Rio Grande do Sul e Memorial do Rio Grande do Sul – a ideia era que os visitantes entrariam na cidade por ali e ficariam impressionados pela magnitude dos prédios.

Ainda pode-se ressaltar o centro cultural Farol Santander, no prédio onde por anos funcionou o Banco da Província do Rio Grande do Sul.

Horário de funcionamento:
MARGS – De terça a domingo, das 10h às 19h, com entrada franca
Memorial do Rio Grande do Sul – De terça a sábado, das 10h às 18h. Domingos e feriados, das 13h às 17h, com entrada franca
Farol Santander – De terça a sábado, das 10h às 19h. Feriados e domingos, das 11h às 18h. Entrada inteira custa R$ 15, sendo que no último domingo do mês não há cobrança de ingresso.

9. Praça Matriz: a Catedral, os Três Poderes e o Theatro São Pedro

Na Praça da Matriz estão vários prédios históricos, como o Palácio Piratini, sede do governo do Estado; a Assembleia Legislativa; o Palácio da Justiça; além do Theatro São Pedro. O Palácio Piratini possui uma visita guiada, assim como um prédio anexo a Assembleia Legislativa, o Solar dos Câmara, prédio residencial mais antigo da cidade, que mantém suas características originais, inclusive com uma senzala.

Palácio Piratini, by Ricardo André Frantz (User:Tetraktys) – taken by Ricardo André Frantz, CC BY-SA 3.0, Link

Já o Theatro São Pedro não possui visitas guiadas, porém há espetáculos regulares no local.

10. Museu Julio de Castilhos

O Museu é composto por dois prédios. O mais antigo, construído em 1887, foi residência e o local de morte de Julio de Castilhos, primeiro governador do Rio Grande do Sul. O segundo, construído em 1910, foi um marco arquitetônico da cidade, com seu estilo historicista e eclético.

O museu reúne diversos objetos que contam a história do Estado, como objetos utilizados por tradições indígenas, esculturas feitas em Missões Jesuíticas por índios, um jardins com canhões utilizados na revolução Farroupilha e réplicas do quarto e do gabinete de Julio de Castilhos.

Por ter sido o local de morte de Julio de Castilhos e sua esposa, há quem diga que o local é mal assombrado pelo espírito do casal.

Horário de funcionamento: de terça a sábado, das 10h às 17h, com entrada franca.

11. Jardim do DMAE

Seu prédio e seus jardins foram inaugurados em 1928, inspirados no Palácio de Versalhes. Atualmente, é uma área de lazer para os porto-alegrenses.

Horário de funcionamento: Todos os dias, das 8h às 19h, com entrada franca.

12. Apostar em uma corrida no hipódromo

Todas as sextas, tem turfe ao vivo no hipódromo do cristal, que fica ao lado do Barra Shopping e em frente ao cais da Zona Sul, de onde sai o catamarã para Guaíba. O hipódromo do Jokey Club Cristal foi construído na década de 1910 e desde lá se manteve aberto ininterruptamente. A programação semanal fica disponível no site do Jokey Club Cristal.

13. Santuário Nossa Senhora da Mãe de Deus

By Paulo RS Menezes, CC BY-SA 3.0 br, Link

O Santuário Nossa Senhora da Mãe de Deus está localizado ao lado do Morro da Tapera, no hoje chamado Morro do Santuário. É outra vista privilegiada de Porto Alegre, com acesso veicular e pode ser considerado um morro seguro.

O santuário está aberto ao público diariamente, das 9h às 18h.

14. Navegar até a Ilha das Pedras Brancas

Existem passeios esporádicos pela Ilha das Pedras Brancas. Ela já foi usada como ilha da pólvora, depois foi um presídio, usado para encarcerar presos políticos durante a ditadura militar.

15. Fazer uma trilha no Morro Santana

Ponto mais alto de Porto Alegre, a 313 metros do nível do mar, o Morro tem mais de mil hectares de área, sendo considerada a região com maior representatividade de fauna e flora na capital. Não indicamos a ninguém subir esse morro sozinho. Se quiser subir, entre em contato com o Coletivo Visão Periférica.

Se você quiser saber mais sobre essa trilha, confira nosso relato sobre a Trilha pelo Morro Santana, o ponto mais alto de Porto Alegre.

Segurança em Porto Alegre

Como toda grande capital do Brasil, Porto Alegre não é modelo de segurança, ao contrário: é preciso ter alguns cuidados ao andar pela cidade.

Tome cuidado com seus itens pessoais, principalmente em festas que geram grandes aglomerações de pessoas ou ruas muito movimentadas, como a Rua dos Andradas. Nunca deixe dinheiro, celular ou outros itens de valor no bolso de trás da calça ou em um bolso mais exposto de sua mochila.

Ao buscar uma orientação, sempre prefira entrar numa loja e tente não aparentar estar perdido. Também redobre a atenção à noite, em ruas desertas.

Conheça a cidade de São Francisco de Paula, localizada pertinho de Gramado!

Henrique Lammel

Jornalista e produtor de conteúdo

3 thoughts on “Porto Alegre: o guia completo do que fazer na capital do RS

  • junho 1, 2022 em 11:40 am
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    lindooooooooooooooooooooooooooooo brasilzãooooooooooooooooooooooooooooooo

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  • setembro 18, 2020 em 6:21 pm
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    sempre quis conhecer nosso pais , tem coisa que ainda não exploramos ,mas deixo o meus parabenizados que o Rio Grande do Sul e de dar inveja abraço a todos .

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