O que fazer em Copacabana, no lago Titicaca, Bolívia

Dizem que a civilização Inca começou aqui, em Copacabana, às margens do lago Titicaca. A cidade, que inspirou o nome do famoso bairro carioca, é, sem dúvida, umas das mais bonitas da Bolívia. Junto com a  Isla del Sol, é o destino mais procurado às margens do lago navegável mais alto do mundo.

Além de segura e tranquila, Copabana tem um clima agradável e é um destino turístico barato, como toda a Bolívia (só não é o paraíso porque pode fazer muito frio de noite e o mal de altitude pode ser um problema se você não estiver ambientado).

A cidade está a 3841 metros acima do nível do mar e fica perto de Kasani, a fronteira mais utilizada para quem viaja entre a Bolívia e o Peru (aqui, muito cuidado ao planejar seu roteiro. A aduana fecha à noite e não existem ônibus noturno entre os dois países).

A cidade ainda é base para quem quer conhecer as Islas del Sol, de la Luna e del Sapo e está rodeada por templos incas. Dizem que a civilização Inca teve origem na região, precisando fugir para as montanhas de Cusco após ser expulsa por tribos ayamaras.

As terraças, que dão uma forma peculiar às montanhas, são utilizadas até hoje para plantação de milho e batata pelos moradores.

Como chegar

De Puno (Peru): Os coletivos grandes saem às 10h, 10h30 e 14h da rodoviária e pertencem à companhia Titicaca. Há ainda mini-vans que saem a todo momento, porém não atravessam a fronteira, sendo necessário cruzá-la a pé e depois tomar outra mini-van do outro lado da alfândega. Os ônibus grandes custam PER 45 (R$ 45).

De La Paz: Os ônibus grandes saem com frequência da rodoviária, a partir de BOL 30 (R$ 15). Ainda há uma boa oferta de vans pequenas, que são mais rápidas e partem desde o cemitério. São utilizadas pelos moradores locais e é possível conseguir uma viagem por menos de BOL 20 (R$ 10).

Onde se hospedar

O que não falta, em Copacabana, são hoteis e hosteis para dormir. Na beira do lago existe até um camping! Se você for de ônibus, pela companhia Titicaca, é bem possível que o próprio motorista ofereça um quarto privado por US$ 10. Como estava atravessando a fronteira, acabei reservando um hostel pelo Booking (ninguém me perguntou nada no posto de imigração).

Fiquei no Hostal Wayra (clique aqui e saiba mais). Consegui um quarto por US$ 15, privado, com banheiro, TV a cabo, um bom café-da-manhã e próximo ao porto. Dois pontos negativos: o wii-fii só funcionava quando queria (como em praticamente toda a Bolívia), assim como o chuveiro, que nem sempre esquentava. De toda forma, Copacabana é super turística e há uma infinidade de hospedagens, desde as mais confortáveis até as mais simples. E geralmente, paga-se muito menos do que se pagaria no Brasil!

O que fazer em Copacabana

Conhecer a Isla del Sol

A Isla del Sol fica a duas horas e meia de Copacabana e o transporte, ida e volta, de barco, sai por 40 BOL (R$ 20).  O Willka Thaki é uma estrada construída pelos incas, que corta a ilha de norte a sul. Caminhar por ela é se deparar com vários sítios históricos do povo sulamericano e a energia dessa ilha a quase 4 mil metros do nível do mar!

Ir até La Horca del Inca

Outro local que foi sagrado para os Incas. Está no lado oposto da cidade onde fica Cerro Calvário. Este não sofreu intervenção espanhola. Historiadores acreditam que o local começou a ser utilizado como observatório astronômico desde 1700 A.C., período pré-incaico. Há umas cinco quadras dali, ainda é possível visitar o Trono del Inca (a entrada é do lado de um posto de gasolina).

Comer no porto

O porto de Copacabana é pequeno, composto por vários barcos de pesca e de passeio. Há uma grande variedade de restaurantes na orla (que eles chamam de costanera) e pode-se conseguir uma truta inteira preparada das mais diversas formas por menos de R$ 15.

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Conhecer a Plaza de Armas e a Basílica de Copacabana

A edificação data de 1550, com reformas a partir de 1600. Até hoje, é um lugar de culto para os cristãos bolivianos. Há, inclusive, uma peregrinação que tem como destino a Basílica de Copacabana.

Subir o Cerro Calvário

O Cerro Calvário era um sítio sagrado para os Incas até a chegada dos espanhóis. Hoje, segue sendo um lugar de oferendas e um mirador da cidade e do lago Titicaca.

É possível subir o cerro por uma estrada que parte de uma igreja ou então pela encosta montanha. Basta seguir a margem do lago até onde há um bloqueio do exército e subir. É preciso dar uma escaladinha, nada muito técnico, porém pode ser cansativo. Lembre-se que você está a quase quatro mil metros de altura.

Infraestrutura

São pouquíssimos os estabelecimentos da cidade que aceitam cartões, mas a maioria troca ou recebe pagamentos em soles peruanos. São três caixas eletrônicos em Copacabana. Dois estão na avenida 6 de agosto. O do BCP é o único não cobra taxa para saques, mas nunca achei com dinheiro. O terminal do banco Bisa cobra quase R$ 10. Na praça há um terceiro caixa, do banco Sol, porém este não testei.

Se você estiver viajando com reais, não deixe para trocar em Copacabana. O faça em La Paz ou Cusco. Principalmente se a Isla del Sol estiver no seu roteiro: lá, também não há muitos estabelecimentos que aceitam cartões. Quanto a terminais de caixa eletrônico, não existem na ilha.

Onde comer

O porto é um bom lugar para comer fora da alta temporada. É possível conseguir uma truta inteira, com arroz, batata e salada por BOL 25 (R$ 12,50). Os locais mais baratos ficam na volta do mercado público, a duas quadras da Praça de Armas. Evite o entorno da Praça se busca um lugar econômico para comer.

Dicas

– Muita gente busca fazer um passeio “bate-volta” desde Puno, o que é impossível. A fronteira fecha à noite e só reabre de manhã, por isso não existe ônibus noturnos.

– O lugar é turístico, mas também super barato. Os restaurantes acabam saindo um pouco mais caro, mas há um grande número de hospedagens e é possível conseguir uma ótima pechincha por lá.

Não vá com agência para a Isla del Sol. Basta ir ao porto, no guichê da cooperativa dos moradores. Os barcos saem duas vezes por dia e, mesmo contratando um guia na ilha (isso sim é interessante), você irá economizar uma boa grana se comparado com o que cobram as agências.

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