Trilhas para fazer em Huaraz, capital do trekking no Peru

Huaraz atrai mais turistas a cada ano que passa e já se tornou a capital do trekking no Peru. Quem visita a cidade, busca fazer trilhas como as que levam até a Laguna 69 e ver glaciais como o Pastoruri.

A cidade está localizada a oito horas, de ônibus, da Capital do Peru, Lima. É ponto estratégico para se conhecer a Cordilheira Branca e as atrações localizadas dentro do parque Huascarán, uma região cheia de montanhas nevadas que tocam as nuvens e lagos de cor turquesa.

Nesse post, você vai encontrar todas as informações que precisa para aproveitar Huaraz, desde as principais trilhas, passeios, custos, hospedagem, quanto tempo ficar e muito mais. Boa leitura!



Para quem gosta de natureza e trilhas

Mesmo sendo habitada séculos antes da chegada dos espanhóis, poucos sítios arqueológicos ainda estão de pé na região do Huascarán. Não se vê, pela cidade, nem mesmo construções espanholas antigas. A culpa é de um grande terremoto, que em 1970 derrubou 95% dos edifícios de Huaraz e causou estragos semelhantes em um raio de 50 quilômetros.

A cidade foi reconstruída e há mais de dez anos vem se tornando capital do trekking no Perú. A principal razão é o Parque Nacional Huascarán. Huaraz, com 140 mil habitantes, possui uma ótima estrutura de hosteis, agências de turismo e restaurantes, voltadas aos turistas que buscam uma aventura nesse pequeno trecho da Cordilheira dos Andes.

Se você gosta de fazer trekkings, trilhas e travessias ou ter um contato mais próximo com a natureza, Huaraz é o local certo para você. O parque é protegido pela Unesco. Desde a década de 70, é considerado Patrimônio da Humanidade.

Como chegar

Huaraz fica a nove horas de Lima, de ônibus. Diversas empresas exploram o trecho. As passagens mais baratas custam a partir de PER 30 e são realizadas várias viagens por dia, de forma que você irá encontrar veículos nos mais diversos horários. As melhores companhias oferecem serviços completos, com alimentação, a partir de PER 60.

As garagens das principais empresas funciona a poucas quadras da praça central de Huaraz. Caso você tenha muita bagagem e precisar de um taxi até o centro, a corrida vai lhe custar cerca de PER 5.

Existe um aeroporto pequeno na cidade e são feitos vôos domésticos desde as principais cidades, como Lima.

Como se locomover por Huaraz

Na cidade, você certamente ficará restrito ao centro de Huaraz, onde estão os restaurantes, agências de turismo e lojas de equipamentos de trekking e escalada. É também do Centro que saem os ônibus para outras cidades e as pequenas vans que levam até as localidades mais próximas e pontos do parque onde iniciam as trilhas.

Outra boa forma de conhecer as atrações do Parque Huascarán é contratando os transfer e tours das agências de turismo, como falaremos a seguir. Não precisei nem senti falta de utilizar serviços de taxi, mas eles existem na cidade e são muito baratos.

O que fazer em Huaraz

Existem três tipos de passeio:

  • os passeios sem exigência física, que são uma boa opção para se aclimatar à altitude nos primeiros dias na região (aqui, o soroche ou o mal de montanha, é um perigo real, e há quem sofra mais ou menos por causa dele. Porém, não passa de uma reação natural do nosso corpo à falta de oxigênio no ar. Nada faz mais efeito do que a adaptação a grandes altitudes);
  • os que você pode fazer por si mesmo, sem necessidade de agência;
  • os passeios com exigência física, que é melhor fazer por agência.

Bem verdade, você não necessita de guia para entrar no parque, mesmo que seja recomendado para trilhas de mais de um dia. As agências vão lhe cobrar, para tours e passeios “bate-volta” com grandes grupos, a partir de PER 35.

Como o conteúdo é denso, uma dica para simplificar a construção do seu roteiro: os passeios mais procurados e consideráveis imperdíveis são a Laguna 69, Laguna Parón, glacial Pastoruri,  Laguna Churup e o trekking de 4 dias pela Cordilheira Branca.

Passeios de aclimatação

São lugares que não lhe exigirão muita capacidade física. São ideais para quem está chegando à cidade e quer se adaptar aos mais de 3100 metros de altitude ou para pessoas sem muito preparo. Destes, o mais procurado – e diria até imperdível – é o Glacial Pastoruri.

Glacial Pastoruri

Depois que o ônibus para, não se caminha mais de 1km para se chegar no Glacial Pastoruri, sendo uma ótima opção para quem está chegando em Huaraz e busca se adaptar a altitude. Mas não pense que é fácil caminhar a 5100 metros do nível do mar! É um dos passeios ‘clássicos’, com saídas diárias, e custa cerca de R$ 35. O tour oferecido pelas agências dura o dia todo e inclui várias paradas pelo parque. É uma espécie de “passeio introdutório” para quem chega à cidade – o guia fala sobre a fauna, a flora e a geografia do parque, além de visitar diversas atrações. Estima-se que, em razão do aquecimento global, o glacial vai desaparecer (ou derreter) em cerca de 20 anos.
Distância – 3,63km (ida e volta)
Altitude – 4900 a 5100 metros
Dificuldade – Fácil

Chavin de Huantar

Com uma pequena parada pela laguna Querococha antes de chegar no Chavin de Huantar, um sítio arqueológico erguido por uma civilização a 1000 a.c.
Distância – 1km
Altitude – 3200 metros
Dificuldade – Fácil

Laguna Parón

By TMbux, CC BY-SA 3.0, Link

Outro passeio que pode ser considerado de aclimatação e o melhor é contratar por agência. Vem tomando o lugar do Glacial Pastoruri como uma das atrações mais visitadas da cidade. Não é necessário caminhar muito para chegar até a laguna, nesse passeio que dura pouco mais de meio dia e custa entre R$ 35 e R$ 50, dependendo da temporada. Se você quiser chegar no mirador, já vai ser um pouco mais pesado, pois vai precisar pegar uma trilha bem íngrime e até dar uma escaladinha.
Distância – 1km
Altitude – 4300 metros
Dificuldade – Fácil

Trilhas para fazer sem agência

São trilhas, lagos e lagunas próximas a Huaraz, que você chega tomando um transporte público na cidade. São consideradas atividades de aclimatação para quem pretende fazer um circuito mais longo, como a Quebrada Santa Cruz.

Laguna Churup

A Laguna Churup encontra-se em uma vila próxima a Huaraz e é possível ir até lá tomando uma van. O transporte custa entre PER 5 e PER 10 e contamos tudo como se chega lá no link  ali em acima!
Distância – 8km (ida e volta desde Pitec)
Altitude – de 3800 a 4500 metros
Dificuldade – Média a alta (Há um pequeno treco mais técnico por uma corda)

Lagunas Ahuac e Wilcacocha

São vários trekkings que você pode fazer de forma autônoma, sem necessidade de guia. Destacamos dois. No caso da laguna Wilcacocha, é uma caminhada com alguma exigência física, ideal para aclimatação. Para chegar lá, deve-se tomar uma van que pare na Ponte de Santa Cruz, no Mercado Público de Huaraz.  Um taxi não vai sair caro, pois o início da trilha não é longe do centro da cidade.
Distância – 7km (ida e volta)
Altitude – de 2950 a 3730 metros
Dificuldade – Média

A Laguna Ahuac também está próxima de Huaraz, e para ir até lá é necessário tomar uma van até Willkawain. A caminhada é bem íngreme e não indicada para ser feita logo nos primeiros dias na altitude.
Distância – 13km (ida e volta)
Altitude – de 3400 a 4560
Dificuldade – Difícil

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Melhor fazer por agência

São trilhas curtas, que podem ser realizadas em um dia. Porém, estão longe da cidade de Huaraz e, mesmo sendo possível acessá-las com transporte público, é melhor contratar um serviço de uma agência. Não deixe de conhecer a Laguna 69!

Laguna 69

A Laguna 69 é um dos passeios mais procurados para quem visita Huaraz. E já aviso que não é só a Laguna em si que vale a pena, a paisagem por toda a trilha é incrível.

É possível ir de forma autônoma até ela, porém a Laguna 69 se encontram muito longe de Huaraz e, caso você vá de transporte público, vai pagar praticamente a mesma coisa que contratando o passeio com uma agência (a partir de R$ 35) e demorará mais.
Distância – 15km (ida e volta)
Altitude – de 3900 a 4600 metros
Dificuldade – Média (aclimatado) a exigente (sem aclimatação)

Trreking e travessia de longo percurso

São circuitos longos, sendo necessário acampar algumas noites para percorrê-los.

Quebrada Santa Cruz ou Cordilheira Branca

São quatro dias caminhando em volta do maior conjunto de nevados em uma zona tropical do mundo. Com toda a certeza, a trekking pela Cordillera Blanca ou Quebrada Santa Cruz foi um dos circuitos mais bonitos que fiz.
Distância – 55km (travessia de de 4 dias)
Altitude – de 2900 a 4800 metros
Dificuldade – Média

Circuito Huayhuash


By JeremyfrimerOwn work, CC BY-SA 3.0, Link

Esse não é pra brincadeira: o circuito é feito em cerca de nove dias e passa-se a maior parte do tempo caminhando acima dos 4 mil metros. Estar bem aclimatado à altitude e ter um bom condicionamento físico são essenciais!
Distância – 113km (travessia de 10 dias)
Altitude – de 3459 a 5000 metros
Dificuldade – Difícil

Preços: Quanto custa viajar para Huaraz

Passeios, refeições, hoteis: tudo é mais barato, em Huaraz, se comparado com Cusco ou Lima. Se come bem em um restaurante por PER 8 (R$ 8), sendo possível encontrar pratos a partir dos PER 4,50. Um saco com dez pequenos pães custa PER 1 no Mercado Público.

Já o trekking de quatro dias e três noites, com guia, transporte, refeições e equipamento, pela Cordillera Blanca, custa PER 290. Fiquei em um hostel muito bom, chamado Akilpo, ao custo de PER 26 a diária. No mercado público ainda se encontram frutas a preços muito baratos e um saco com folhas de coca custa PER 1.

Se você for à cidade e pretende contratar empresas para fazer tour, vá com calma e não se atire na primeira oferta que aparecer. Os preços praticados costumam ser muito diferentes para passeios iguais. Além disso, há aqueles que podem ser feitos sem empresa ou guia, como as trilhas para a Laguna Churup, Laguna Ahuack e Laguna Wikacocha.

Onde se hospedar em Huaraz

Huaraz não é uma cidade pequena e ficar próximo ao centro, onde estão as agências, garagens das empresas de ônibus e paradas da maioria das vans, pode facilitar muito sua vida.

Se a ideia for fazer algum trekking ou atividade de escalada, indico o hostel Akilpo (você pode conferir mais informações clicando aqui). Quem quer um pouco mais de conforto e privacidade, pode ficar no Akilpo Guest House (mais informações clicando aqui).

O Akilpo é administrado por uma família que, há anos, foram guias pelas montanhas do Peru e a Bolívia. Eles fazem tours mais personalidados. Mesmo assim, os tours mais básicos custavam menos se contratados no hostel do que em uma agência.

Caso você queira fazer algo por si mesmo, os donos dão todas as dicas, com a maior paciência, lhe explicando ponto por ponto em frente a um mapa.

A água do chuveiro do Akilpo é quente, a cozinha bem equipada e sempre havia um chá de coca quente pelas manhãs. O sinal de wii fii foi um dos melhores que peguei em um hostel no Peru (o que não quer dizer que é tao bom assim). Por último, a hospedagem não é cara!

O único problema é que a reputação do Akilpo vem crescendo nos últimos anos e pode ser um pouco difícil achar um quarto disponível.

Melhor época para fazer trilhas no parque Huascarán

Em geral, as mínimas em Huaraz giram em torno dos 5º o ano todo. A melhor temporada para fazer trilhas na região é entre abril e setembro, quando praticamente não chove e as máximas não ultrapassam os 20º. No restante do ano, faz mais calor (máximas de 25º), porém as chuvas são mais constantes. No verão, a região é atingida pelo Inverno Boliviano ou Altiplânico, sendo considerada baixa temporada.

Sobre a aclimatação à altitude

Se você chegou há poucas horas na cidade e estava em Lima ou outra cidade litorânea, no nível do mar, não é nada recomendável fazer caminhadas longas logo que chegar em Huaraz. A cidade está acima dos 3 mil metros e o soroche (mal de altitude ou de montanha) não é brincadeira. Muita gente sente seus efeitos e passa mal, principalmente ao chegar em lugares altos.

Em trilhas como à Laguna 69, você terá que caminhar quilômetro acima dos 4 mil metros. Seja prudente, busque se ambientar no primeiro e segundo dias na cidade (se houver tempo pra isso), caminhe devagar e opte fazer passeios sem muita exigência física, como o Pastoruri ou até pela cidade. Beba águas em pequenos goles para repor o oxigênio e abuse do chá de coca. Tenha um saquinho sempre consigo para mascar algumas folhas (custa 1 sol no mercado público). O gosto não é bom, mas ajuda muito.

Onde comer barato

Como já dissemos, se você não quer gastar muito, Huaraz é uma ótima escolha. Em comparação a outras cidades peruanas, é uma cidade onde se come muito barato. Há restaurantes econômicos em praticamente todas as ruas e zonas. Gostava muito de um restaurante/cevicheria na Jose Antonio del Sucre, entre a jiron San Martin e a jiron Leonisa Lascano. Menú a partir de PER 7 com ceviche de entrada!

Se afastando da Plaza de Armas, tanto pela Mariscal Carceres quanto pela jiron Juan de Mata Arnao, se consegue restaurantes com menus por todos os preços, desde PER 4,50. Quanto mais longe da Plaza de Armas, mais barato.

Se você está indo para o Peru, certamente vai passar por Lima. Talvez não saiba, mas o país andino é reconhecidíssimo por sua culinária! Vale a pena ler o artigo do blog Mala de Viagem sobre Lima e a gastronomia peruana.

Sobre o Parque Nacional Huascarán

A maioria dos lugares citados neste artigo estão dentro do parque Huscarán, cuja entrada é paga. O dia custa PER 30, porém é possível comprar um ticket válido por 30 dias, ao custo de PER 150. Ainda há a opção do ticket por até 3 dias, por PER 60 (valores de 2018).

Toda vez que você fizer algum circuito ou trekking, terá que apresentar o passaporte e o ingresso, que geralmente é carimbado no posto de controle.

São mais de 500 lagos permanentes formado pelo degelo dos nevados e dos glaciais e milhares formados pela chuva. O parque ainda possui 25 circuitos de trekking que levam mais de um dia para serem percorridos e quase uma centena de trilhas que podem ser feitas em um dia, sem contar os mais de 50 nevados localizados acima dos cinco mil metros, que formam a Cordillera Blanca.

É também dentro do parque que se encontra a montanha Huascarán, a mais alta do Perú, com 6768 metros, localizado a 15 quilômetros da cidade de Yungay, e a Laguna 69. A Cordilheira Blanca, por sua vez, é o maior conjunto de nevados em extensão localizado em uma região tropical. Além da altitude, esse número só é possível pois as montanhas estão protegidas dos ventos mais quentes pela Cordilheira Negra.

O parque ainda conta com 102 destinos de escalada e mais de 30 sítios arqueológicos, desde templos antigos até vestígios de arte rupestre. O parque também é um dos únicos locais do mundo onde cresce a Puya Raymondi.

Dicas finais sobre o que fazer em Huaraz

– Se você chegou no dia anterior a Huaraz e estava em Lima ou outra cidade litorânea do Peru, ao nível do mar, não é nada recomendável fazer a caminhada. O soroche (mal de altitude) não é brincadeira, muita gente passa mal. Seja prudente, busque se ambientar no primeiro dia na cidade, caminhe devagar. No segundo, pense em algo mais leve, como a caminhada ao nevado Pastoruri (mesmo estando a mais de cinco mil metros, caminha-se apenas meia hora). Abuse do chá de coca e tenha um saquinho sempre consigo para mascar algumas folhas (custa 1 sol no mercado público). O gosto não é bom, mas ajuda muito.

– A melhor época – a que menos chove – é entre os meses de abril e setembro. Tente evitar os feriados peruanos, quando os preços inflacionam. Entre outubro e março, além de mais chuva, a temperatura nas montanhas costuma ser mais baixa.

– Prepare-se para temperaturas quentes durante o dia e frio durante a noite;

– O melhor lugar para comprar comida é no Mercado Público, ou no seu entorno. Há várias pessoas vendendo queijo (PER 18 o quilo) e pão (10 por PER 1) na rua. Um café da manhã dentro do mercado, no segundo andar, com sanduíche de queijo e café, custa PER 3,50.

– Sempre que fizer a compra de qualquer passeio e pagar, pegue um recibo. Se for fazer alguma trilha e trekking em Huaraz e pagar, não esqueça disso!

E se gostou das nossas dicas, não deixe de conhecer nosso Guia do Mochileiro Aventureiro – Cusco e Machu Picchu 2019.

26 thoughts on “Trilhas para fazer em Huaraz, capital do trekking no Peru

  • novembro 4, 2020 em 9:25 pm
    Permalink

    Amei a matéria
    Sairei de bike de São Paulo com destino ao Peru, sozinho
    Sou fotógrafo e vou largar tudo aqui
    Preciso de uma informação amigão
    É obrigatório guia pra fazer trekking? Posso fazer camping selvagem no parque? Verdade tem um trekking de 22 dias?
    O parque está atualmente aberto?
    É permitido escalar as montanhas sozinho? Se não é sabe o calor do tour?

    Resposta
    • novembro 5, 2020 em 3:13 pm
      Permalink

      E ai Fabrício!

      – Por regra, pra fazer circuitos maiores, é preciso ter guia, mas os guarda-parques não seguem essa orientação e, pelo menos pra trekking, não há problema. E claro, ter experiência em alta montanha pra fazer esses circuitos e o equipamento correto é imprescindível, porque é bem comum pegar temperaturas negativas, ventos fortes, chuvas torrenciais…
      – Dentro do parque não há locais predeterminados para camping, então podes acampar onde quiser;
      – Os parques no Peru abriram só pra residentes, estrangeiros não podem entrar ainda. Nós não estamos aconselhando ninguém a prever uma viagem pra fora do país no momento, as fronteiras até estão reabrindo, mas é iminente que passemos por uma segunda onda do corona e tudo deve fechar de novo;
      – O parque é imenso, dividido em dois setores, são dezenas de circuitos, a gente só trouxe os principais, ehehehe…Então é bem possível que haja circuitos que durem quase um mês, mas não apenas de trekking, acredito que estejas falando de algum circuito que combine trekking com escaladas!
      – Os tours são bem baratos, agora estão mais caros para nós porque o real desvalorizou frente ao sol peruano. Mas um trekking de 4 dias, com tudo incluso (barraca, carregador, alimentação, transporte, guia) saía por algo como R$ 550, até menos dependendo da negociação…Claro que pós-pandemia pode haver algum reajuste, mas a inflação é tão baixa no Perú que é capaz de ser pra baixo, ehehe…
      – Quanto a escalada, não sei te dizer!

      Resposta
  • julho 30, 2020 em 9:08 pm
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    Parabéns pelo roteiro! muito show!Obrigado por compartilhar tanta informação.
    Entre a cordilheira Branca e a Huayhuasi, qual das duas você acredita que tem o trekking mais bonito? independente do nível de dificuldade.
    Abraços

    Resposta
    • agosto 2, 2020 em 11:14 am
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      Oi Valderes! Particularmente, não gosto muito de dizer que esse é mais bonito que aquele, pois todos tem seus pontos positivos, negativos e belezas. Mas pense que Huayhuasi são mais dias e vais ver mais lagunas, glaciais, terá uma experiência mais completa…Entretanto, deixa eu te ressaltar uma coisa: a Cordilheira Branca é imbatível no sentido de ter muita beleza pra ver em poucos dias, dos que fiz, junto com Torres del Paine, não há nenhum circuito com tanta intensidade visual – .

      Resposta
  • abril 25, 2020 em 4:36 pm
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    Ola queria saber ser é possível fazer os trekking de 4 e 10 dias sem guia?? Não gosto de ser guiada nem mesmo de grupos prefiro trekking a dois
    Obrigada
    luciane.luz

    Resposta
    • abril 27, 2020 em 4:56 pm
      Permalink

      Oi Luciane. Se você tem experiência em trekkings de alta montanha, não tem problema, pode fazer sem guia sim.

      Resposta
  • novembro 7, 2019 em 7:55 am
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    Olá Henrique, adorei as dicas e gostaria de saber se você fez alguma trilha na cordilheira branca que passou pelas Lagunas cullicocha e yuracocha. Estou a procura do nome da Laguna que fica ao sul da yuracocha e se tem como chegar lá. Pois no mapa não aparece.

    Resposta
    • novembro 7, 2019 em 3:29 pm
      Permalink

      Oi Karine, tudo bem?

      Então, estava dando uma olhada no mapa do parque e tem uma trilha que passa por essas lagoas, mas se estou olhando para a Laguna ao sul correta, não me parece ter trilha marcada até lá. É uma laguna próxima ao Nevado Santa Cruz?

      O trekking clássico pela Cordilheira Branca não passa por essas lagunas (cullicocha e yuracocha), mas termina em um ponto (Cashapampa) onde você pode seguir até elas. Para ir nessas duas lagunas citadas acima, você precisa ir até um povoado chamado Hualcayan. As lagunas Cullicocha e Yuracocha estão do outro lado dos nevados pelos quais passamos nesse trekking clássico pela Cordilheira Branca, mas em sua face sul. Como as lagoas estão na face norte, não conseguimos vê-las.

      Existe um circuito clássico que passa pelas lagunas, ele se chama “Alpamayo” e também cruza a codilheira branca, fazendo uma parte do caminho clássico. Mas o Alpamayo clássico é um caminho um pouco mais longo, são 7 dias de trekking). Pode ver o mapa dele aqui -> http://www.peru-trekking-und-bergsteigen.de/travel-map/peru/trekking/cedros-alpamayo-huascaran/map-trekking-cedros-alpamayo-santa-cruz-trail.jpg

      Daria pra fazer esse caminho mais curto, sem cruzar a cordilheira pelo vale, iniciando em Hualcayan e terminando em Vaqueria, por exemplo, o que reduziria o percurso em uns 3 dias, pelo menos.

      Resposta
  • agosto 20, 2019 em 10:30 am
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    Bom dia, amei a maneira como descreveu todas as informações, elas serão muito úteis!
    Estamos pensando em fazer uma trip pelo Peru, e pensamos em começar pelos trekkings. Chegaremos em Lima de manha, e pretendemos ja embarcar sentido a Huaraz.

    Minha duvida é, será que devemos fazer esses trekings mais curtos no primeiro dia, e no segundo ja conseguimos fazer o Laguna 69?

    Quantos dias precisaremos para fazer esses mais curtos e o Laguna 69?

    Resposta
    • agosto 20, 2019 em 3:25 pm
      Permalink

      Oi Emanuele! Ficamos felizes que o artigo esteja sendo útil!

      Essas escolhas do que fazer dependem de quanto tempo você tem de viagem. O perfeito mesmo seria não fazer nada no primeiro dia, pra ver como se sente, depois fazer algo mais leve no segundo e terceiro dias, como o glacial Pastoruri, a laguna Wilcacocha ou o Chavin de Huantar!

      O soroche bate diferente de pessoa para pessoa, tem gente que faz a Laguna 69 logo de cara e quase não sente a altitude.

      Resposta
  • março 5, 2019 em 6:29 pm
    Permalink

    Olá
    Quero muito conhecer o Peru, principalmente Huaraz e Machu Picchu.
    Porém tenho uma certa preocupação em ir sozinha e não saber falar a língua local,somente o português.
    Indo sozinha lá eu consigo comprar os ingressos para os passeios em Huaraz traquilamente até mesmo para Machu Picchu?
    Desde já agradeço
    Savannah

    Resposta
    • março 5, 2019 em 6:37 pm
      Permalink

      Olá Savannah, tudo bem?

      Essa tua pergunta me lembrou de um episódio que aconteceu lá em Huaraz mesmo. Estava em um restaurante e um oriental tentava fazer um pedido. Ele não falava inglês e muito menos espanhol, mesmo assim ia apontando para as coisas que queria (foi na frente do refrigerador e apontou para o refrigerante que queria, apontou para o prato que uma pessoa comia para indicar que queria aquele prato)…

      O idioma pode dificultar as coisas, mas não é um obstáculo!

      Fala devagar, pede pra eles falarem devagar contigo que tenho certeza que vai conseguir entender 70% do que eles falam, pois a maioria das palavras é muito parecida nos dois idiomas (já aproveitando, devagar em espanhol é bem diferente: “despacio”).

      Quanto aos ingressos, não tem como comprar os de Huaraz antecipado, precisa ser na hora mesmo e é bem tranquilo. De Machu Picchu pode comprar antecipado, mas não há necessidade, a menos que queira subir a montanha Huayna Picchu. Se não, pode comprar lá mesmo, em Cusco ou em Águas Calientes.

      Resposta
  • fevereiro 26, 2019 em 11:13 am
    Permalink

    Adorei as informações. Estamos programando essa viagem para o mês de Abril, mas a previsão do tempo é de aguaceiros e trovoadas praticamente todos os dias. Será que vale a pena?

    Resposta
    • fevereiro 27, 2019 em 9:50 am
      Permalink

      Obrigado, Cecília!

      Quanto ao tempo, não é algo que temos controle. O ideal é que se tenha roupas impermeáveis, que se esteja preparado para chuva, pois qualquer atividade que vai se fazer na alta montanha tem riscos de tempo ruim! O tempo vira de uma hora pra outra.

      No mais, é impossível fazer uma previsão com tanto tempo de antecedência.

      Resposta
  • fevereiro 11, 2019 em 11:25 am
    Permalink

    Olá, tudo bem?

    Estarei em lima em março, e gostaria de conhecer Huaraz e a Laguna 69. Acha arriscado fazer um bate e volta de Lima saindo de noite do dia anterior e voltando a noite do dia do passeio?

    Resposta
    • fevereiro 11, 2019 em 9:49 pm
      Permalink

      Os tours até a Laguna 69 saem pelas 4 a.m. de Huaraz. Precisa ver se vai fechar com seu roteiro. No mais, acho beeem cansativo, principalmente por causa do Soroche, o mal de altitude.

      Resposta
  • janeiro 22, 2019 em 8:12 am
    Permalink

    Boa tarde, todos os trekkings consigo marcar lá mesmo quando chegar? Ou esses por agência é melhor marcar antes, vc teria alguma indicação de agência?

    Resposta
    • janeiro 22, 2019 em 9:42 am
      Permalink

      Isso, marca tudo lá quando chegar, sai mais barato. Quanto à agência, elas captam turistas para os operadores de turismo, que é quem realmente presta o serviço. A não ser que tu queira um serviço particular ou diferenciado, não precisa te ater quanto a isso.

      Só não contrata tour com vendedor de rua. Entra na agência, conversa sobre as trilhas com o operador e tenta negociar um preço melhor. E se pagar, não esquece de pegar um recibo.

      Resposta
  • agosto 1, 2018 em 4:11 pm
    Permalink

    Oi, Henrique!

    Beleza? Estou com algumas dúvidas, me ajuda? Estarei chegando em Huaraz, de Cusco, no dia 13/10 (então já estarei aclimatada em algum nível, ainda que “desça” até Lima neste processo). Tenho 3 dias inteiros, contando com o dia em que chego (e preciso comprar coisas e planejar logística), antes do Santa Cruz. Você acha que é mais seguro/pertinente, para o dia em que chego de Lima as 6 da manhã, eu fazer a Churup (por conta) ou Paron (com agência)? Precisaria estar de volta a Huaraz em tempo hábil de ir ao mercado, agência e farmácia…

    Resposta
    • agosto 1, 2018 em 4:38 pm
      Permalink

      Olha, acho legal sempre ver como teu corpo vai se adaptar à altitude. Mas o mais pertinente, mesmo, seria fazer a Paron. Viagem sempre cansa nosso corpo e a Churup requer um esforço físico maior. Acho que seria mais fácil fazer ela depois de uma boa noite de sono 😉

      Resposta
      • agosto 1, 2018 em 5:06 pm
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        Obrigada pelo retorno. Quanto tempo de Huaraz até lá com a Agência? Já vamos ter viajado a noite inteira, de Lima, será que não fica pesado?

        Resposta
        • agosto 1, 2018 em 6:02 pm
          Permalink

          Pior que é longinho sim, dá umas três horas…mas quase não tem exigência física….

          outra opção seria o Pastoruri…

          Resposta
  • fevereiro 5, 2017 em 4:23 pm
    Permalink

    Legal! (Vi que meu comentário saiu com erro de digitação com esse “hoje”) quando eu chegar em Huaraz me informei sobre isso. Huayhuash é o trekking que quero fazer, mas acho que emendaria a cordilheira branca na sequência! Obrigado! Vou seguir teu blog aqui. Um abs

    Resposta
    • fevereiro 6, 2017 em 1:01 am
      Permalink

      Buenas, só não esquece de dar uns 3 ou 4 dias pro teu corpo se adaptar à altitude. Eu sofri un pouco nos tres primeiros dias e hayuash deve ser bem duro. A cordillera blanca tu faz o passo no segundo dia, a 4750 metros, pode nao completar se nao tiver adaptado ao soroche

      Resposta
  • fevereiro 4, 2017 em 4:33 pm
    Permalink

    Muito boas dicas. Estou querendo ir à Hoje este ano fazer um trekking na cordilheira huayhuash. Vc sabe os preços desse tour? Ele é mais longo que o da cordilheira branca, dura mais de 10 dias. Obrigado e parabéns pelo blog.

    Resposta
    • fevereiro 5, 2017 em 4:11 pm
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      Cheguei a pesquisar que também tinha interesse nesse trekking, mas lembro que era bem mais caro, como quatro vezes mais, e só saía uma ou duas vezes por semana, quando fechava um grupo de pelo menos seis pessoas.

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