Porto Alegre: Como é a trilha pelo Morro da Tapera

O Morro da Tapera é uma das melhores opções para quem está atrás de uma trilha para fazer em Porto Alegre. Localizado a 12 quilômetros do Centro da cidade, cada vez mais tem sido frequentado por corredores, trilheiros, praticantes de voo-livre e montainbikers, atraídos pelo belo visual do Guaíba e por ser um dos mais seguros morros da região.

Neste artigo, vamos contar como é subir o Morro da Tapera. Confere aí!

Uma das melhores vistas do Guaíba

Localizado próximo ao Guaíba, o Morro da Tapera oferece uma das melhores vistas panorâmicas para Porto Alegre, o lago e seus morros. As pedras da Tapera foram muito importantes para a urbanização da cidade no século XIX e no início do século XX, utilizadas para erguer prédios como o Palácio Piratini, a Catedral de Porto Alegre e o hoje Memorial do Rio Grande do Sul.

Quarto morro mais alto da cidade, com 252 metros, também foi nele instalado o primeiro campo de voo da Capital Gaúcha, pela Varig. Inclusive, há uma rampa natural de voo livre, muito utilizada nos fins de semana.

O Morro só começou a ser preservado, efetivamente, em 2012, quando foi demarcada a Área de Preservação Permanente do Morro da Tapera. Por mais que esteja entre os mais seguros da cidade, não dê bobeira quando fizer a trilha: ele continua muito próximo de uma grande área urbana e não há um parque com administração e segurança estabelecidos.

A trilha pelo Morro da Tapera

Existem diversas trilhas cruzando o Morro da Tapera. Nós fizemos a que sobe pela estrada Jorge Pereira Nunes, próximo do entroncamento com a rua Granja Boa Vista. Ela cruza parte do morro e desce próximo a cervejaria Steilen Berg. A cervejaria inclusive foi utilizada como “base” pelo grupo com quem fiz o percurso e por muitos praticantes de esportes no Morro.

A subida é bem íngreme, com muitas pedras soltas e quase nenhuma vegetação para se apoiar. Uma bota ou tênis para trekking vão ajudar bastante. Se você fizer essa trilha no verão ou quando o clima estiver muito quente, leve bastante água e se proteja do sol com chapéu, boné e óculos escuro, pois praticamente todo o trajeto é exposto.

Depois de passar por uma mata de galeria, a trilha sobe mais um pouco e se percorre o morro pelo campo aberto. O ponto mais famoso do Tapera é a “Pedra do Rei”, uma grande rocha suspensa nomeada por ciclistas que frequentam o morro, em referência ao filme Rei Leão.

A trilha utilizada para descer está localizada a uns 100 metros da Pedra do Rei e consegue ser mais íngreme que a subida. Mas já há mais vegetação onde se segurar e se apoiar. Boa parte dela é por dentro de outra mata de galeria.

A saída é a poucos metros da cervejaria.

Aqui você encontra um tracklog muito semelhante ao do percurso que fizemos, mas em circuito ‘oval’, começando onde terminamos nosso trajeto

Cuidados

– Tome cuidado com as trilhas, principalmente se você não tiver experiência ou fizer o trajeto pela primeira vez. As pessoas se perdem no Morro da Tapera. São diversas trilhas cortando o morro. Há um costume de ir ver o pôr-do-sol no morro. O problema é que encontrar o caminho no escuro é muito mais difícil – ainda mais se é a primeira vez que você o faz!
– Se quiser um guia, uma boa é entrar em contato com a cervejaria Steilen Berg;
– Leve bastante água, pois não há fontes potáveis no local, e se proteja do sol com boné, chapéu, protetor solar e óculos escuros!

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Henrique Lammel

Jornalista e produtor de conteúdo

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