Segurança, dinheiro, documentos? O que saber antes de viajar ao Chile

Vai viajar pro Chile? Então confere aí nossas dicas para você não entrar em nenhuma ruim e aproveitar o país ao máximo!

1. Apenas o RG é necessário para entrar no país

Brasileiros não precisam de passaporte ou visto para ingressar no Chile, somente apresentar o RG. O documento precisa estar em bom estado e você precisa ser reconhecível na foto (por isso, recomenda-se que tenha sido expedido a seu no máximo 10 anos, mas não existe uma regra quanto a isso).

E só vale RG. Carteira de motorista ou outros documentos com foto não são aceitos. Também não são necessárias vacinas ou pagar taxas. Se você tiver outras dúvidas quanto a documentações e taxas, pode consultar o Portal Consular do Minstério das Relações Exteriores.

2. Passagens de Ônibus tem preços diferentes de acordo com o dia e horário

Os preços das passagens de ônibus, no Chile, chegam a variar em 50% para o mesmo destino. Isso porque é levado em consideração a demanda: viajar na sexta de noite ou no sábado de manhã vai ser mais caro que na terça, pois são horários e dias mais procurados.

Comprar passagem na hora pode ser uma boa. Se você estiver na rodoviária e houver algum ônibus saindo em breve para o seu destino, pergunte se não há um desconto (geralmente, é possível economizar uns bons pesos assim). Outra dica é fazer algumas simulações no Bus Bud, que funciona super bem no país, e verificar quais empresas, horários e dias são melhores para viajar.

 3. Se alguém lhe convidar para almoçar ou jantar na sua pica, não se assuste!

Andando pelas ruas do pais, principalmente as de Santiago e cidades próximas à capital, como Valparaíso, é normal ver estabelecimentos chamados de “pica” ou “picada”. Se estiver com fome, entre e fique tranquilo (ehehehe). É assim que os chilenos chamam restaurantes que servem pratos típicos apetitosos.

4. Viajar de carona é um costume

O Chile é um dos melhores países do mundo para ‘hacer dedo’, a expressão para viajar de carona em espanhol. É um hábito, principalmente entre os mais jovens. Caminhoneiros, motoristas e vendedores costumam viajar sozinhos e dão carona para passar o tempo.

No verão, na época de férias escolares e da faculdade, são dezenas de pessoas de dedão esticado nos acostamentos das principais rodovias chilenas.

5. O Chile é um país muito seguro

Segundo uma pesquisa do Global Peace Index feita em 2017, o Chile é o país mais pacífico da América Latina, ocupando a 27ª posição no ranking mundial. Deve-se ter mais cuidado em grandes centros urbanos, como em Santiago, Valparaíso (alguns cerros não são aconselháveis de subir) e Calama. Por sua vez, o sul do país e destinos mais turísticos, como San Pedro do Atacama, Punta Arenas e Torres del Paine e o Valle de Elqui são muito seguros. Em San Pedro, o crime que costuma ser registrado são furtos de bicicleta.

6. Seguro-viagem não é obrigatório, mas é altamente aconselhável

O único país da América do Sul em que o turista é obrigado a ter seguro viagem é o Equador. Entretanto, países como o Chile não possuem Sistema Público de Saúde extensivo a estrangeiros – por mais que, em algumas cidades menores, conseguirá atendimento sem custos. Mas a regra é que clínicas com boa infraestrutura, médicos qualificados e exames custam bem caro.

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O seguro-viagem ainda dá direito ao pagamento de indenização no caso de extravio ou roubo de bagagens e documentos. Se você quiser saber mais, leia nosso artigo sobre seguro-viagem.

7. Prepare-se para comer muito abacate!

Os chilenos amam abacate. Ele vai até mesmo no cachorro-quente (que chamam de completo) e no hamburguer (lá é churrasco!). Então, quando você pedir um cachorro quente e vir aquela pasta verde, já sabe o que é. Claro que sempre vale pedir para tirar.

8. Eles usam muitas palavras próprias, cachay

Se comunicar com os chilenos, pelo menos nas primeiras vezes, pode ser bem difícil. Além de falarem rápido e “comerem” algumas palavras (você vai ouvir vários “como estai”, por exemplo), eles usam vários estrangeirismos e palavras derivadas de idiomas mapuches (povo originário da região).

Poderia citar várias termos. Cachai (utilizado como um “entendeu?” no final da frase”), oie (usado antes de começar uma frase, algo como “escuta” ou “presta atenção”, derivado de ouir – ouvir), me cargas (quando algo lhe aborrece)…

9. A água é potável

O Chile é um dos únicos países da América do Sul cuja água que sai da torneira, em praticamente todo o território, é bebível. Dizem que há mais minerais e algumas pessoas podem se sentir um pouco estranhos.

10. A fiscalização na alfândega é criteriosa quanto aos alimentos trazidos de outros países

É preciso ter alguns cuidados na hora de entrar no país. As restrições para ingressar no Chile com grãos e alimentos de origem vegetal e animal, em estado in natura, são levadas bem a sério (diferente de outros países). Além do raio-x, não é raro que utilizem cachorros para farejar a bagagem.

Se você carregar legumes e frutas, não espere arrego. Coma ou descarte em uma lixeira que estará ali posicionada para isso. Agora, comidas embaladas a vácuo costumam passar pela alfândega, desde que declaradas (e muitas vezes, após passarem por alguns testes).

11. Eles afirmam que inventaram o pisco

Há uma disputa eterna com peruanos sobre quem inventou o pisco. Bem verdade, os chilenos não são um povo muito querido historicamente: os argentinos não gostam deles pela ajuda aos britânicos na Guerra das Malvinas e os bolivianos, por terem conquistado território que lhe garantia saída ao mar.

Porém, é uma discussão que deve ficar nos livros de história. Os chilenos são um povo muito amável. Não foi uma vez que, ao pedir alguma informação, a pessoa me ouviu com atenção, me pegou pelo braço e andou duas, três quadras comigo só para me mostrar o caminho correto.

E se você está indo para o Chile, vale dar uma lida neste artigo sobre o que fazer em Santiago, do blog Preciso Viajar.

Henrique Lammel

Jornalista e produtor de conteúdo

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