O que é a montanha Huayna Picchu? Como é a trilha?

Subir e fazer a trilha para a montanha Huayna Picchu (ou Wayna Picchu, o que seria mais correto em quêchua) é considerado o ponto máximo para quem vai visitar Machu Picchu. Não somente por ser a atração mais procurada e ter um número limitado de 300 visitantes diários, o que obriga os interessados a comprar o ticket com, pelo menos, um mês de antecedência.

O caminho para o topo da montanha é bem puxado e extremamente íngreme, fazendo dessa uma trilha de dificuldade difícil. Além disso, várias passagens lhe deixam totalmente exposto ao vale do rio Urubamba. Não é uma caminhada indicada por quem sofre de vertigem ou medo de altura.

Huayna Picchu – que significa montanha jovem em quêchua, o idioma nativo do incas que até hoje é falado no Peru – ainda reserva outras atrações para os seus visitantes, como o Templo da Lua. O local sagrado foi construído dentro de uma caverna natural e, depois de anos fechado para visitantes, é uma atração a parte para quem sobe a montanha.

Leia neste artigo tudo que você precisa saber sobre Huayna Picchu!




Como comprar o ingresso para Huayna Picchu?

Se você quer subir a montanha, não tem jeito: o ingresso precisa ser comprado antecipadamente. Com alguma sorte, é possível conseguir comprar poucos dias antes de sua viagem ou até na hora, mas isso vai depender da desistência ou reembolso de alguém que já fez a reserva.

Lembre-se que o número de ingressos é limitado e a administração do Parque vem seguindo a risca as últimas determinações da Unesco, que ameaçou retirar o título de Patrimônio da Humanidade de Machu Picchu caso o governo peruano não endurecesse as regras que organizam a visitação à cidadela .

Entrada do Templo de la Luna

A melhor forma é adquirir o ingresso antecipadamente é diretamente do site oficial do Parque de Machu Picchu. Assim, você escapa das taxas que são cobradas pelas agências de turismo. Caso você tiver alguma dúvida ou dificuldade, pode consultar nosso artigo sobre como comprar entrada antecipada para Machu Picchu.

Para Huayna Picchu, recomenda-se que se faça a compra com no mínimo um mês de antecedência, devido ao baixo número de ticket disponíveis e a grande procura por eles.


By Martin St-Amant (S23678) – Own work, CC BY-SA 3.0, Link

Ingressos divididos em turnos

Ao comprar o bilhete, você ainda deve escolher o horário em que vai começar a subida: das 7h ás 8h ou das 10h às 11h. Desde 2019, são três horários para subir a montanha: às 7h, com entrada na Llaqta às 6h; às 7h, com entrada na Llaqta às 7h ou às 10h, com entrada na Llaqta às 8h.

Llaqta é o termo em quêchua para cidadela e se refere ao ingresso que dá direito apenas a visita a Machu Picchu.

Importante ressaltar que este último horário é o único que permite a realização do circuito turístico completo pela Llaqta com um guia antes da subida da montanha. Os demais, permitem a realização após a descida, visto que o horário de permanência no sítio inca é de 7 horas para quem sobe as montanhas. Quem faz apenas a visitação a Llaqta, tem 4 horas para permanecer em Machu Picchu.

Os turnos buscam melhorar o fluxo de turistas pela trilha. Como as escadarias e caminhos são muito estreitos em alguns pontos, é preciso esperar, às vezes, a passagem de outras pessoas. Com a divisão de horários e a criação de três grupos de 100 pessoas, reduziram-se os problemas com congestionamentos.

Vista desde Huayna Picchu

Quanto custa a entrada?

Pelo site oficial de Machu Picchu, a entrada para o sítio arqueológico com ingresso para montanha Huayna Picchu custa PER 200.

Como é a trilha da montanha Huayna Picchu?

Huayna Picchu está a 2693 metros do nível do mar. Mesmo que a distância seja praticamente a mesma que a da trilha para a montanha Machu Picchu, com dois quilômetros de percurso, a dificuldade é muito maior, em razão dos obstáculos e trechos mais delicados, em que é necessário usar cordas ou ter mais cuidado para superar.

Em diversos pontos, você precisa caminhar entre um paredão formado pelas paredes da montanha Huayna Picchu e o desfiladeiro aberto do vale do rio Urubamba, ficando totalmente exposto a penhascos e precipícios. Por esta razão, não é uma trilha indicada por quem tem medo de altura ou sofre de vertigens.

Os degraus das escadarias de pedras construídas pelos incas são peculiares e tem, em média, 35 centímetros de altura, 70 de largura e 15 de profundida – são altos e largos, mas feitos para pés pequenos.

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Dificuldade da trilha para Huayna Picchu

Em razão desses trechos delicados e inclinados, considerados ela uma trilha difícil, por mais que existam alternativas. Quando se está quase chegando ao cume, por exemplo, há uma passagem por dentro de uma pedra onde cabe apenas o corpo de uma pessoa, o que pode ser bem sufocante para alguns visitantes. Mesmo assim, há opção de fazer um trajeto maior, dando a volta por trás e evitando esse obstáculo.

Em média, leva-se de duas a três horas para subir e descer até o topo da montanha. O ideal é que você se prepare fisicamente, pelo menos um mês antes de enfrentar a trilha.

Trilha montanha Huayna Picchu – Dados técnicos

  • Dificuldade: Difícil
  • Distância: 2,5 quilômetros ida e volta
  • Tempo: Duas horas e meia, ida e volta
  • Preço: PER 48 (somado aos PER 152 do ingresso)
  • Observações: Necessário comprar ingresso com pelo menos um mês de antecedência;
    Não indicada para menores de 12 anos ou pessoas com medo de altura ou que sofrem de vertigem em lugares altos;

Dicas para subir a montanha Huayna Picchu

– Machu Picchu fica numa região muito instável e chuvas são comuns. Nessas condições, as pedras das escadarias para o topo de Huayna Picchu podem ficar úmidas e lisas. Redobre a atenção nessas condições (e se possível, tenha botas e um casaco impermeável);

– Se você realmente quer subir a montanha, não deixe para a última hora, compre seu ingresso antecipado;

– Não saía da trilha principal por motivo algum. Lembre-se que você está caminhando pelas paredes de uma montanha totalmente exposta e quedas não são incomuns.

Vista desde Huayna Picchu

Quando você chegar no topo de Huayna Picchu, se depará com essa vista. E se gostou das nossas dicas, não deixe de conhecer o Guia do Mochileiro Aventureiro – Machu Picchu e Cusco 2019.

Henrique Lammel

Jornalista e produtor de conteúdo

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